O curso Filosofia na Praça é um dos projetos de extensão promovidos pelo Departamento de Filosofia da UFMG. Criado em 2013, se realizava no Espaço do Conhecimento da UFMG até 2020. Agora é realizado on-line, sempre com o mesmo objetivo, qual seja, o de oferecer cursos de filosofia para a comunidade em geral, ressaltando, a cada semestre, um tema específico, de importância filosófica, privilegiando o conhecimento, a atualização e o aprofundamento de questões e conceitos filosóficos morais, estéticos, ontológicos, políticos e outros que tangenciem áreas de ciências humanas.

O curso conta com a participação de docentes do Departamento de Filosofia da UFMG e de outros departamentos, também da UFMG, bem como de outras instituições. O nome do projeto foi inspirado na prática do filósofo grego, Sócrates, que dialogava com toda e qualquer pessoa nas ruas e nas praças da cidade de Atenas.

 

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA FILOSOFIA NA PRAÇA 2023/2

 

Neste segundo semestre de 2023, temos o prazer em oferecer à comunidade, a série de encontros com o Tema “A Filosofia e os Livros II”, com o objetivo de apresentar e discutir com o público uma atualização da literatura filosófica acerca das publicações mais recentes sobre temas e questões filosóficas relevantes. Também serão escolhidas para serem apresentadas e discutidas obras clássicas da história da literatura filosófica, com o objetivo de aprofundar e esclarecer seus aspectos mais importantes.

O curso será on-line, oferecido à comunidade em geral, exigindo como pré-requisito de admissão o preenchimento do formulário de inscrição. O Projeto Filosofia na Praça se dirige tanto a professores e estudiosos de filosofia, quanto a um público “leigo”, de quaisquer áreas de interesse, que desejem conhecer melhor os assuntos propostos.

Para se matricular/inscrever, clique aqui!

 

Será cobrada uma pequena taxa (matrícula/inscrição) válida para todo o semestre. As palestras serão gravadas no dia de sua apresentação e estarão disponíveis para serem assistidas quantas vezes o matriculado(a) quiser, até 1 de março de 2024. O(a) matriculado(a) receberá um link personalizado, por email.

 

O curso será apresentado sob a forma de palestras sobre “clássicos” da literatura filosófica ou de diálogos, em que o autor de um livro apresentará sua obra, tendo como interlocutor (a) um(a) professor(a) ou estudioso(a) de seu trabalho. Em seguida, será aberta a discussão e espaço para perguntas por parte do público, momento de aprofundamento e interação com as obras e seus autores.

As palestras e as entrevistas cumprem a agenda seguinte, sempre nas quartas-feiras, como de hábito, das 19:30 às 21:10 (com perguntas do público a partir das 20:30).

 

 

PROGRAMAÇÃO

“A Filosofia e os Livros II”

23 de agosto de 2023

 

“Criação das artes plásticas e produtividade da natureza em Friedrich Schelling”, professor Dr. Gabriel Assunção. Professor PUCMINAS e
Centro Loyola. Autor e apresentador.

Entrevistador: Professor Leandro Ferreira.

Apresentação: “Imaginação humana e divina a partir de Schelling”

Friedrich W. J. Schelling (1775-1854) nos permitiu repensar as relações entre arte e natureza, tema clássico da tradição estética e artística. Para ele, a natureza é uma força produtiva que se expressa nos minerais, nos seres vivos e nas obras de arte feitas pelos organismos humanos. O artista consegue, por meio de suas criações, moldar o aparente caos da natureza, resultando em belas obras, da mesma forma que a mente divina organiza o caos da matéria, tendo como resultado o mundo em que vivemos.

30 de agosto de 2023

 

“A sophrosyne em Aristóteles”, Dr. Bernardo Vasconcelos. Pesquisador Grupo Filosofia Antiga, Filosofia/UFMG. Autor e apresentador.

Entrevistador: professor Dr. Fernando Rey Puente, UFMG.

O estudo é sobre a concepção de sophrosyne em Aristóteles, e aborda inicialmente a questão da etimologia do termo (sos+phren), mostrando como a opção presentemente mais aceita, “saúde mental” ou “sanidade mental”, parece incorreta, pois o sentido mais preciso seria “preservação da mente” ou “preservação na mente”, um sentido muito mais afeito a um modelo aerodinâmico da alma que pode ser encontrado nos poemas homéricos. Feita esta correção, que reivindica a etimologia proposta por Platão e secundada por Aristóteles, veremos como ambos a concebem como uma forma de controle dos apetites e a tratam como uma guardiã da deliberação correta que assegura uma concordância entre apetite e razão, constituindo assim uma harmonia na alma. Dentre as divergências apresentadas por Aristóteles, a mais grave parece ser a limitação do controle dos apetites a uma dimensão puramente somática atrelada aos prazeres derivados da sensação de contato em certas partes do corpo. Como veremos, entretanto, isso pode ser facilmente explicado pela associação feita por ele da virtude que “preserva a sabedoria prática” às faculdades anímicas efetivamente responsáveis pela preservação da própria vida, que são a alma vegetativa e a alma sensitiva. Isso significa que a sophrosyne é a virtude fundamental para os jovens, que devem adquirir por hábito, e em etapas, aquilo que a natureza deixou inacabado, em nossas relações com os prazeres da comida, da bebida e do sexo.

06 de setembro de 2023

 

“Epopeia da criação: Enuma elish”, prof. Dr. Jacyntho Lins Brandão. Professor Letras/UFMG. Tradutor (livro com introdução e comentários seus) e apresentador.

Entrevistadora: Profa. Sara Anjos.

Composto há mais de quatro mil anos, o texto foi localizado em 1849 nas ruínas da biblioteca do rei Assurbanípal, em Nínive (próximo da atual Mossul, no Iraque). Enuma Eliš descreve a teogonia e a cosmologia dos babilônios: a criação do mundo, a luta entre os deuses pela supremacia, a criação da humanidade para servir a divindade. Diversas passagens de alto valor poético contêm episódios que foram aproveitadas em literaturas posteriores, como as mitologias assírias e os escritos bíblicos do Gênesis.

13 de setembro de 2023

 

“Contra/políticas da Alquimia” Autor e apresentador: prof. Dr. Andityas Soares de Moura Costa Matos. Professor Direito/UFMG.

Pretende-se neste livro resgatar as potências políticas an-árquicas e radicais da alquimia, há séculos capturada por dispositivos reducionistas típicos de interpretações historiográficas, ocultistas e psicanalistas. O primeiro passo para tanto consiste na crítica do mito segundo o qual a alquimia teria sido uma espécie de “avó” irracional da química moderna, criando-se assim uma ilusória linearidade temporal que só poderia resultar em nosso pobre presente tecnicizado. Todavia, as coisas são bem diversas, pois a alquimia não remete a um passado primitivo a ser superado, mas a um futuro aberto e em disputa.

A alquimia não é antecedente de nada, e sim um corpo total – porém não totalizante – de conhecimentos que se põe ao lado da filosofia, da pintura, da literatura, da mitologia, da religião e da música para nos oferecer uma imagem do real capaz de superar os dualismos entre homem e mulher, razão e emoção, humano e animal, apontando para uma experiência da mistura e da mestiçagem que nos leve a perceber que, como se diz na Tábua de esmeralda, “o que está abaixo é como o que está acima e o que está acima é como o que está abaixo”. De modo a possibilitar essa repolitização de um campo do pensamento sistematicamente despotencializado pela tradição racionalista ocidental, a alquimia é aqui retomada em uma perspectiva estético-filosófica (des)constituída graças à leitura de seus principais textos originais e às ideias de filósofos como Spinoza, Bataille, Benjamin, Deleuze & Guattari e Agamben, entre outros.

20 de setembro de 2023

 

“The origin of Sin” (A origem do Pecado), prof. Dr. David Konstan. Professor New York University (NYU). Autor e apresentador. (Tradução legendada para o português).

Entrevistador: Nathan Howard, Professor University of Tennessee at Martin.

A origem do pecado: O pecado é um conceito religioso. Nos tribunais civis, a pessoa é julgada por crimes, não por pecados. Mas de onde surgiu a ideia de “pecado”? E se é diferente de “crime”, o que é o pecado? Mostrarei que a ideia de pecado começa com a Bíblia e como se desenvolve: primeiro na Bíblia hebraica e depois, em um sentido um tanto diferente, no Novo Testamento. Simplesmente não havia ideia comparável no mundo clássico grego e romano. Claro, eles tinham um conceito de transgressão e também de violação das injunções divinas. Mas isso não é o mesmo que pecado. O que, então, é pecado na Bíblia? É o que discutiremos e descobriremos em Filosofia na Praça.

27 de setembro de 2023 

 

“A ética das virtudes e os pecados capitais”, Prof. Dr. Marcelo Galuppo. Professor Direito/UFMG. Autor e apresentador.

A ética das virtudes, ao lado da ética do dever e das éticas consequencialistas, é um dos modelos que estrutura o pensamento ético contemporâneo, tendo suas raízes em Aristóteles e nos conceitos de virtudes e de caráter. Sua vantagem sobre as demais é que ela produz um tipo de automatização da conduta que a torna ao mesmo tempo pouco exigente frente à realidade e capaz de lidar com o cotidiano de uma modo muito mais estrutural que os demais modelos éticos. A ética da virtude se desenvolveu desde o século V a.e.c, e um das configurações que assumiu se encontra no rol dos pecados capitais (inveja, preguiça, ira, gula, luxúria, avareza e soberba). O que se pretende analisar neste livro é o que esses pecados capitais podem significar após o advento do capitalismo e das redes sociais e como uma disciplina ligada a eles pode nos tornar mais livres.

04 de outubro de 2023

 

“Racismo brasileiro: uma história da formação do país”, profa. Dra. Ynaê Lopes dos Santos. Professora História/UFF. Autora e apresentadora.

O objeto é realizarmos uma jornada pela história do Brasil através de um traço definidor da nossa sociedade ao longo dos séculos (do período colonial aos nossos dias): o racismo. Pretendemos, pois, fazer um mergulho na história da construção da supremacia branca no Brasil e na articulação de um Estado nacional que fez pactos sistemáticos em favor do racismo. Mas também iremos pensar nos projetos de nação que foram gestados por figuras como Luiz Gama, Monteiro Lobato, Getúlio Vargas e Marielle Franco. Uma palestra que pretende demonstrar que ” história do racismo no país é a própria história do Brasil”.

11 de outubro de 2023

 

“Razão com Sabor de Mel: Ensaios de Filosofia Indiana”, prof. Dr. Dilip Loundo. Professor Ciência da Religião/UFJF. Autor e apresentador.

Entrevistador: Prof. Dr. Antônio Florentino (Professor/UNICAMP)

Razão e Religião na Índia. O grande protagonista do livro é a razão e, mais especificamente, a funcionalidade e o sentido da razão (tarka) nas tradições religiosas do hinduísmo e do budismo na Índia, em seu nível de aprofundamento filosófico, e com ênfase nas tradições do Vedānta e do Mahāyana, respectivamente. Os contextos ontológicos de sua atuação estão marcados pela afirmação de um princípio não-dual (advaita), sempre-presente e todo-permeante, que é constitutivo da realidade imediata e cuja designação aponta, alternativamente, para uma super-personalidade (e.g., Śiva), para uma nominalidade não- personificada (e.g., Brahman, Buddhadhātu), ou para uma não-nominalidade (e.g., Śūnyatā). A prevalência de uma ontologia não-dual, de imediaticidade metalinguística, confere à funcionalidade da razão o caráter suficiente de uma razão esclarecedora, ao invés de uma razão instaurativa.

18 de outubro de 2023

 

“Pensar com profundidade”, de Jason Baehr, apresentação profa. Dra. Débora Mariz, professora de Filosofia, Educação/UFMG.

Em que consiste a excelência do pensar e de que modo podemos desenvolvê-la? Eis o problema central do livro “Pensar com profundidade” publicado em 2021 pelo filósofo Jason Baehr. Enquanto pesquisador no campo da epistemologia das virtudes, Baehr apresenta nessa obra uma proposta filosófica e prática para o desenvolvimento das virtudes intelectuais no contexto educacional. Para tanto, são abordados os fundamentos filosóficos das virtudes intelectuais, bem como princípios e práticas pedagógicas para promover seu desenvolvimento.

25 de outubro de 2023

 

“A filosofia do Budismo Indiano”, prof. Dr. Giuseppe Ferraro – Professor Filosofia/UFMG. Autor e apresentador.

O livro é uma reconstrução da história da filosofia budista na Índia, entre a pregação do Buda histórico (século quinto a.C.) e o desaparecimento do budismo do subcontinente indiano, nos séculos XII-XIII. Nessa jornada de 1800 anos podem ser identificadas três fases fundamentais: (1) os ensinamentos originários do Buda, contidos nas coletâneas canônicas; (2) a fase escolástica das escolas do abhidharma; (3) a fase Mahāyāna, das grandes tradições filosóficas do Madhyamaka e do Yogācāra/Vijñānavāda, com suas sucessivas derivações. O critério historiográfico utilizado – original com relação aos trabalhos homólogos já publicados – é o de considerar as filosofias da segunda e da terceira fase como um desenvolvimento de três vertentes conceituais presentes na primeira fase: (1) a vertente afirmativa, personalista, que respeita a crença na existência do si pessoal; (2) a negativa ou reducionista, que nega o eu e reduz a experiência existencial ao fluxo atômico dos dharmas; (3) a vertente mediana, antimetafísica, nem afirmativa nem negativa, que exclui tanto a categoria do ser como a do não-ser.

01 de novembro de 2023

 

“Socialidade e cultura em Husserl”, prof. Dr. Marcus Sacrini – Professor Filosofia/USP). Autor e apresentador.

Normalmente associada a estudos de fundação das ciências e a descrições das estruturas da consciência subjetiva, a obra de Husserl contém, no entanto, contribuições notáveis a respeito das relações sociais e da produção da cultura. Nas últimas duas décadas, em círculos acadêmicos internacionais, consolidou-se um interesse renovado por Husserl no que tange às suas teses sobre teoria social. Este livro toma parte nesse movimento de estudo e busca trazer para o âmbito nacional a discussão de seus principais resultados. Os leitores terão em mãos uma exposição atualizada do tema, cujo alcance ultrapassa o domínio da filosofia e abrange tópicos pertinentes à sociologia, à antropologia e aos estudos culturais em geral.

08 de novembro de 2023

 

“Crisipo e Sêneca face à questão do tempo”, profa. Dra. Mariana Condé. Professora Colégio Pedro II/Rio de Janeiro. Autora e apresentadora.

Entrevistador: prof. Dr. Pedro Gomlevsky.

Esta obra procura analisar uma possível articulação, ainda pouco explorada, entre as concepções estoicas de Crisipo e de Sêneca quanto à temática do tempo. Busca-se mostrar que há não apenas uma relação de diálogo entre tais perspectivas, como, ainda, de complementaridade – na medida em que ambas poderiam contribuir para esclarecer uma à outra, assim como para enriquecer uma possível, ainda que variegada, concepção de tempo estoica. Pois, assim como Crisipo formularia, na Atenas do séc. III a.C, uma teoria conforme a qual a distinção de alguns aspectos do tempo (χρόνος) nos permitiria concebê-lo como um intervalo capaz de refletir acontecimentos; Sêneca, na Roma imperial do séc. I d.C, validaria a estratégia de Crisipo, ao verter na questão filosófica do tempo (tempus) o reflexo pensado da existência, razão pela qual a recorrência desta temática em algumas de suas obras se mostraria estratégia fundamental em favor do despertar da consciência filosófica e moral a partir da constatação da condição humana.

15 de novembro de 2023

 

“Descobrindo a gratidão, sob risco de assimetria”, profa. Dra. Catherine Chalier. Professora Filosofia/Université Paris X. (tradução legendada para o português).

Nas sociedades democráticas, a autonomia de cada um e o desejo de reciprocidade constituem um ideal que dirige todos os registros da existência. A assimetria, entre pessoas e grupos, é comparada a um equilíbrio desigual de poder. No entanto, a assimetria também revela o que o ideal de reciprocidade gostaria de ignorar: a diferença entre as pessoas. Levinas é, portanto, um pensador da assimetria. Explico neste livro que a assimetria dá toda a sua força à gratidão. Uma sociedade que teme a assimetria também teme a gratidão. Ela vê nisso uma dívida que diminui e que deve ser apagada: depois de um presente, seria preciso retribuir para recuperar a simetria e ser quitado. Quem dá, muitas vezes também pensa assim, considerará ingrato quem não lhe agradece. Mas agradecer é isso? Vamos apresentar que na origem de toda a vida está uma assimetria irredutível, que faz de cada um ser único. A Bíblia fala dela como uma bênção original sobre a criação. Por mais poderoso que seja o mal, ele não pode erradicar essa bênção. Às vezes a encontramos: assim é a gratidão. A assimetria continua sendo um teste: como amar sem reciprocidade? Como se dirigir a um Deus que se cala? Mas a gratidão não depende de reciprocidade. Faz-nos descobrir em nós mesmos o vestígio imemorial desta primeira bênção como dom.

23 de novembro de 2023

 

“Democracia: entre a tirania e a oligarquia”, profa. Dra. Maria Aparecida de Paiva Montenegro. Professora Filosofia/UFC. Autora e apresentadora.

Buscamos demonstrar que a democracia, tal como abordada por Platão na República, situa-se como um regime que pretende, por assim dizer, obturar o fosso entre ricos e pobres, característico da oligarquia, vindo a permitir que aqueles que antes eram excluídos da cena política possam gozar de alguma participação nas decisões sobre os destinos da cidade. Traz como prerrogativa o exercício da liberdade e é justamente em virtude desse valor que acaba, paradoxalmente, favorecendo a emergência da tirania. À luz dessa reflexão, pretendo promover um debate sobre a atualidade da análise platônica da fragilidade da democracia.

30 de novembro de 2023

 

“Sobre o livre-arbítrio”, de Santo Agostinho. Professor Letras/UFMG. Apresentador prof. Dr. Bernardo Lins Brandão.

Nesta apresentação, abordaremos o tratado”De libero arbitrio” de Santo Agostinho, explorando a obra em seu contexto histórico, sua estrutura, e os principais argumentos apresentados. A análise focará a concepção agostiniana da vontade humana e seu entendimento do livre-arbítrio em relação ao problema do mal. Concluiremos com uma avaliação crítica do impacto e da relevância da obra para a filosofia ocidental.

06 de dezembro de 2023

 

“Orgulho e preconceito”, de Jane Austen. Professora Filosofia/UFMG. Apresentadora profa. Dra. Giorgia Cecchinato.

Orgulho e preconceito ou falsificação das aparências, um paralelo com a Fenomenologia do Espírito.

Orgulho e preconceito é o livro mais famoso de Jane Austen. Publicada em 1813 esta obra, que essencialmente é a história de amor entre Elisabeth Bennet, uma moça de classe médio-baixa e Mr. Darcy, um rico herdeiro, representa os mecanismos sociais de uma época. Apesar disso pode ser lida como um tratado sobre relações humanas que vai além do retrato do próprio tempo. Nosso intuito é o de discutir o livro nesse sentido, como livro das relações, e de aprofundar o paralelo que Slavoj Zizek coloca entre a Fenomenologia do Espírito de Hegel (1807) e a obra prima de Jane Austen.

ão ocidental, mas não hesitando em criticar tanto o humanismo clássico quanto o próprio gesto de pensamento anti-humanista, o autor, o filósofo Emmanuel Levinas, procura pensar o humanismo a partir não do sujeito ou do eu racional e livre, mas de um redimensionamento estabelecido com base no polo da alteridade. Entende, assim, que o humanismo não se reduz a uma ideia abstrata nem a uma mera especulação racional sobre o sentido do humano, mas que a sua significação se situa na própria relação entre a subjetividade e o outro humano, relação essa que Levinas nomeia de ética, entendendo tal palavra de modo diferente das concepções até então estabelecidas pela tradição filosófica ocidental.

 

Coordenadores do Projeto:

Prof. Dr. Leonardo Meirelles – Filosofia/UFMG – PNPD/CAPES

Prof. Dr. Fernando Rey Puente – Filosofia/UFMG

Monitores Voluntários do Projeto:

Antônio Vinicius Ferreira da Fonseca – Graduando em Filosofia/UFMG

Arthur Stigert Christo – Graduando em Filosofia/UFMG

Beatriz Iva de Sales – Graduanda em Filosofia/UFMG

Israel Alessandro Victorino de Souza Silva – Graduando em Filosofia/UFMG

João de Oliveira – Graduando em Filosofia/UFMG

João Pedro Blanco Masso – Graduando em Filosofia/UFMG

Lucca Moreira de Carvalho Gonzaga – Graduando em Filosofia/UFMG

Paula Silva Araújo Rocha – Graduanda em Filosofia/UFMG

Sophia Helen Costa de Oliveira – Graduanda em Filosofia/UFMG